terça-feira, 19 de abril de 2011

Para Darlene, Cássia, todas e todos os interlocutores deste: Clarice Lispector

"A Descoberta do Mundo"


Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.

7 comentários:

  1. Clarice sabe o que fala. Lembro-me das aulas de 3º ano quando estudamos as suas obras, ela faz-nos ir ao seu mundo e se apaixonar pela lingua portuguesa. No rebuscar das palavras, ela transmite uma realidade ousada do saber falar. Por isso que para mim Clarice Lispector - uma autora bahiana-, é a minha número 1.

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  2. Clarice faz uma espécie de diário da sua vida na publicação para um jornal com contos como A descoberta do mundo, onde tenta passar suas histórias, confissões, entrevistas, paixões e sentimentos, e é uma coisa que gosto muito nesses contos é a maneira como ela transmite , é envolvente, é interessante, é gostoso de ler; Seus textos são literários, poéticos, ela utiliza sua língua oral ou escrita para expressar e justificar a existência humana, você se prende aos contos pois muitas das vezes você se encontra em algo que ela escreve, parece até que ela te conhece de tanto que você se identifica.
    Aproveito o momento e informo que tem dois CD´s no email da turma B que tem narracoes de contos de Clarice Lispector, quem quiser é só baixar...

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  3. A partir dos ditos de Clarice, podemos debater o capítulo 9 do texto, Quem não tem problemas de comunicação. Vamos começar pensando: o que caracteriza o texto escrito? Quais suas peculiaridades?

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  4. O que seria de nós se não fosse você?Oh! Amada “Língua Portuguesa“.
    Desde pequeno, tudo o que aprendemos foi através
    de suas suaves palavras e pegadinhas, às vezes muito difíceis de compreender.
    Foi com você que aprendi a me expressar e se comunicar sem ter medo de errar.
    Comunicação por intermédio da língua seja ela qual for, é essencial.

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  5. “Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.”(Clarice Lispector)

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  7. "A língua portuguesa que amo tanto
    Que canto enquanto encanto-me ao ouvi-la
    Em cada canto é fala, é riso, é pranto
    E nada há que a cale e que a repila."
    Oldney Lopes

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